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"A democracia já quarentona tem ainda falta de maturidade."
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Falta maturidade |
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Vivemos há 43 anos em liberdade. A salvaguarda dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e dos direitos económicos, sociais e culturais decorre desde 1976 da Constituição da República Portuguesa. Viver em liberdade num Estado de Direito Democrático garante por isso aos cidadãos um conjunto inalienável de direitos. Mas viver em liberdade implica também saber viver em liberdade. O mesmo é dizer saber respeitar os direitos dos outros concidadãos. E neste aspeto, após mais de 40 anos de vivência em democracia, conhecemos e sabemos fazer respeitar os nossos direitos, mas esquecemos amiúde os direitos de quem connosco partilha a vivência democrática. E isto, desde logo, em pequenos atos da nossa vida quotidiana, como quando deixamos o carro no meio da via para irmos comprar o jornal ou tomar o pequeno-almoço, quando não respeitamos regras de sã convivência como cumprimentar um vizinho, ou não respeitamos filas de trânsito ou desrespeitamos as regras de códigos de conduta profissional. Temos muito ainda que aprender no cumprimento dos direitos dos outros. Esperemos que a democracia quarentona possa trazer à sociedade portuguesa a maturidade de saber respeitar os direitos dos outros. António Jaime Martins Fonte: Correio da Manhã |
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