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"Só mesmo na cabeça dos políticos há viagens à borla."
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Estamos em agosto. O mês em que a maior parte dos portugueses tira férias. É provavelmente o pior mês do ano para tirar férias. Há filas por onde quer que se vá. Mas normalmente não há alternativa para quem tem crianças em idade escolar, para quem tem lide nos tribunais, etc.. É também por isso o mês de eleição dos portugueses para viajar. Sim, o hábito de viajar para fora está de volta: com Portugal na moda, estão de volta os preços proibitivos em muitas das estâncias de férias lusitanas. O portuga que sustentou hotéis e restaurantes nos tempos da crise é agora posto de lado. Por isso prefere viajar a ser maltratado no próprio país. Mas, contrariamente aos políticos, o português comum não tem as viagens pagas e, por isso, passou o ano a poupar para as poder realizar. Só na cabeça dos políticos é que há viagens pagas sem segunda intenção. Na realidade, não deixo de me interrogar o que levará um político a pensar que empresas que têm como fito o lucro, motivadas por solidariedade ou amizade, lhes paguem viagens. Nada o pode explicar. E, que se saiba, não faz parte da remuneração variável dos políticos viajar à conta dos administrados cujos interesses tutelem de forma mais ou menos direta. Boas férias. António Jaime Martins Fonte: Correio da Manhã |
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